Estudo em Moçambique revela que 80% da população não guarda dinheiro em bancos

 

Maputo, 7 de outubro de 2025 — Um estudo hipotético divulgado hoje aponta que 80% da população adulta moçambicana não guarda dinheiro em instituições formais, revelando um desafio central para a inclusão financeira no país. 

A pesquisa, conduzida pelo Instituto Moçambicano de Inclusão Financeira (IMIF) em parceria com o Banco Central e universidades locais, entrevistou aproximadamente 3.000 residentes em oito províncias entre abril e setembro deste ano.

Leve

O estudo mostra que grande parte da população ainda depende de dinheiro vivo para transações cotidianas, poupança informal e redes de crédito comunitário.

Embora o uso de pagamentos móveis esteja crescendo em áreas urbanas, muitos cidadãos relatam dificuldades de acesso, custos de serviço e falta de documentação para abrir contas em bancos tradicionais.

Desenvolvimento

Principais descobertas: 80% dos adultos não possuem conta bancária, enquanto uma parcela considerável utiliza métodos informais de poupança e pagamentos. 

As variações entre zonas urbanas e rurais são acentuadas, com maior inclusão financeira em áreas com maior alcance de agentes de espaço financeiro.

Barreiras identificadas: distância física até agências, taxas associadas, complexidade de requisitos, desconfiança no sistema e falta de educação financeira. 

Em muitas comunidades rurais, o dinheiro físico continua a ser a forma mais confiável de manter valor.

O papel das tecnologias: pagamentos móveis e serviços de correspondentes bancários aparecem como caminhos promissores para ampliar acesso, especialmente quando integrados a programas de educação financeira e incentivos regulatórios.

Impacto

Especialistas ressaltam que a baixa adesão a contas formais reduz o acesso a crédito, seguros e instrumentos de poupança de longo prazo, limitando investimentos pessoais e empresariais. 

O estudo sugere que sem expansão de serviços, educação financeira e confiança no sistema, a inclusão financeira continuará desigual entre regiões e grupos populacionais.

Citações

Maria Nhampossa, Diretora de Inclusão Financeira do IMIF: "Para transformar essa realidade, é essencial levar serviços financeiros mais perto das pessoas, simplificar a abertura de contas e construir confiança por meio de educação financeira contínua."

Dr. Paulo Mavuto, Economista da Universidade Pedagógica: "Modelos de pagamento móvel aliados a microcréditos acessíveis podem atuar como porta de entrada para o sistema financeiro formal, desde que acompanhados de governança e proteção ao consumidor."

Joana, comerciante de Nampula: "Usar dinheiro é rápido, mas ter acesso a um serviço bancário confiável pode abrir portas para ampliar nosso negócio e planejar o futuro, principalmente para compras de estoque."

O que vem a seguir

1. Expansão de agências e correspondentes bancários em regiões rurais para reduzir barreiras de acesso.

2. Parcerias entre governo, bancos e fintechs para oferecer pacotes de poupança de baixo custo e crédito acessível.

3. Programas de educação financeira voltados a jovens, mulheres empreendedoras e agricultores.

4. Medidas para reduzir custos de transação e simplificar requisitos de abertura de contas.

5. Monitoramento contínuo e transparência de 

dados para acompanhar avanços e ajustar políticas públicas.


 

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