Água de Chimoio permanece potável mesmo com poluição nos rios Révùè e Messica

 

Em Chimoio, a qualidade da água distribuída pela ADRC (Água da Região Centro) continua a cumprir os padrões de potabilidade, mesmo diante de relatos de poluição nos rios que alimentam a Barragem de Chicamba. 

Segundo a empresa, análises regulares realizadas no processo de tratamento e distribuição apontam resultados seguros para consumo humano, o que tranquiliza parte da população que depende do abastecimento diário.

Especialistas destacam, no entanto, que o quadro não pode ser visto como um fim de crise. 

A poluição associada à mineração artesanal de ouro nos rios Révùè e Messica tem aumentado a turbidez das águas, gerando preocupações sobre impactos a longo prazo na saúde pública e na vida econômica local. A turbidez elevada pode afetar o processo de tratamento de água e exigir ajustes operacionais para manter a potabilidade.

O governo provincial de Manica, por meio do secretário de estado Lourenço Lindonde, reconhece as limitações de atuação apenas a nível local. 

Lindonde alerta para a necessidade de uma intervenção mais abrangente, envolvendo estratégias e recursos coordenados a partir do governo central. 

A visão é mobilizar apoio técnico, financeiro e institucional para enfrentar a poluição de forma estruturante, não apenas paliativa.

Desafios e impactos locais também entram no foco da reportagem. 

Informações de fontes locais indicam que cerca de 500 pescadores já abandonaram suas atividades devido à poluição, o que compromete a segurança alimentar e a economia de comunidades ribeirinhas.

Mesmo com a água potável assegurada para consumo, a poluição continua a reduzir atividades econômicas dependentes dos rios e a exigir medidas de mitigação mais eficazes.

Entre as medidas propostas estão o fortalecimento da fiscalização da mineração artesanal, a ampliação do monitoramento da qualidade da água nas bacias dos rios Révùè e Messica e investimentos para melhoria de infraestrutura de tratamento na estação de água de Chicamba. 

Especialistas também defendem campanhas de conscientização ambiental para reduzir novos impactos, aliadas a planos de manejo integrado das bacias hidrográficas.

Conclusão: a água de Chimoio continua segura para uso imediato, de acordo com as análises oficiais, mas a persistência da poluição dos rios evidencia a necessidade de ações coordenadas entre autoridades locais e o governo central. 

Investimentos em fiscalização, monitorização contínua e gestão ambiental robusta são considerados cruciais para manter a qualidade da água e garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos da região no seu

médio e longo prazo.



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