Venâncio Mondlane acusa fraude eleitoral em Moçambique durante o 33º aniversário do acordo de paz
Durante as comemorações do 33º aniversário do acordo de paz assinado em 1992, Venâncio Mondlane, figura da oposição moçambicana, afirmou que as eleições no país continuam a ser geridas de forma fraudulenta.
A denúncia foi partilhada numa mensagem publicada na página de Facebook do político, que voltou a criticar o que chamou de exclusão no âmbito do diálogo político destinado a reformas estatais.
“Fomos os precursores da necessidade de diálogo, mas optaram por nos excluir, sob o pretexto de que não estamos representados na Assembleia.
Ainda que estivéssemos, certamente encontrariam outro subterfúgio porque o verdadeiro objetivo é silenciar-nos”, lê-se na mensagem de Mondlane. A declaração é atribuída pela LUSA e tem sido amplamente citada por agências de notícias que acompanham o tema.
Mondlane reforçou a ideia de que o processo eleitoral não tem plena representatividade e que o diálogo entre as forças políticas continua marcado por obstáculos, segundo o seu ponto de vista.
Ao longo de 33 anos desde o acordo de paz, as críticas ao processo político têm sido parte constante do discurso público, com diferentes vozes a defender maior inclusão no debate sobre reformas estatais e mecanismos de supervisão eleitoral.
Fontes próximas ao círculo político indicam que a oposição continua a solicitar transparência acrescida e observação independente nas próximas etapas do ciclo eleitoral, além de um espaço mais amplo no diálogo sobre reformas institucionais.
O conteúdo da mensagem de Mondlane, amplamente divulgado pela imprensa, mantém-se no centro de debates sobre legitimidade e participação política no país.
Observadores destacam que, embora Mondlane tenha uma plataforma divulgada nas redes e em entrevistas, as avaliações sobre a integridade do processo eleitoral dependem de investigações independentes, auditorias e validação por órgãos competentes.
A continuação de denúncias desse tipo pode intensificar o escrutínio público sobre as reformas estatais e as práticas eleitorais, especialmente num contexto em que o país tenta equilibrar estabilidade com representatividade democrática.
