Sofala: apreensão de duas pontas de marfim acende alerta para o combate ao tráfico
Sofala, Moçambique – Em uma operação de fiscalização ambiental realizada na região de Sofala, autoridades apreenderam duas pontas de marfim ocultas entre mercadorias de procedência duvidosa.
A ação ocorreu durante uma ronda de rotina articulada pela polícia ambiental e pela fiscalização de fronteiras, com apoio de voluntários e de organizações de conservação locais.
Contexto
O tráfico de marfim é ilegal em Moçambique, regido pela legislação ambiental que criminaliza a posse, o transporte e a comercialização de produtos derivados de animais silvestres.
Organizações de conservação lembram que cada apreensão é um passo importante, mas o desafio de desmantelar redes de tráfico permanece significativo, sobretudo em regiões de fronteira e áreas urbanas densamente povoadas.
O que aconteceu
Segundo fontes oficiais da operação, a apreensão ocorreu após levantamentos de informações sobre mercadorias suspeitas em pontos de venda informais na região de Sofala. Durante a inspeção, os agentes encontraram as pontas de marfim escondidas em compartimentos de uma remessa de itens decorativos.
Não havia, no momento, identificação clara da origem da peça, o que levou as autoridades a abrir um inquérito para rastrear a cadeia de abastecimento.
Impactos e reações
Conservacionistas locais destacaram que cada peça apreendida é um lembrete da importância de reforçar a fiscalização, a cooperação entre entidades públicas e o setor privado, bem como a necessidade de ações de educação para comunidades vizinhas sobre os impactos do tráfico.
“A apreensão mostra que há alguém disposto a lutar contra o comércio ilegal; contudo, o problema está longe de ser resolvido”, afirmou uma ativista da defesa animal.
Em nota, a polícia ambiental reiterou o compromisso de intensificar operações de patrulha e de compartilhar informações com as forças de segurança nacionais e regionais para interromper re
des criminosas.
Próximos passos
1. Análise laboratorial das peças para confirmar a origem e a pureza dos materiais.
2. Rastreio da cadeia de fornecimento, desde a compra até a venda, com cooperação de autoridades aduaneiras.
3. Fortalecimento de campanhas de conscientização pública sobre o impacto do tráfico de marfim na biodiversidade.
4. Reforço da cooperação regional para monitoramento de rotas de contrabando entre países vizinhos.
5. Avaliação de medidas legais adicionais para desincentivar o tráfico e aumentar as penalidades quando cabíveis.
Notas legais
O tráfico de marfim é punível pela legislação ambiental de Moçambique, com sanções que variam conforme o grau de envolvimento no crime.
Autoridades reforçam que a fiscalização precisa acompanhar a dinâmica do comércio ilícito, que muitas vezes se adapta a
os controles existentes.
