Crise alimentar em Guijá atinge 35 mil pessoas após fracasso da campanha agrícola
Distrito de Guijá, na província de Gaza, Moçambique, vive uma situação de crise alimentar após o fracasso da campanha agrícola desta safra.
Estimativas preliminares apontam que cerca de 35 mil moradores enfrentam insegurança alimentar, com famílias reduzindo o consumo de alimentos e buscando suporte em redes comunitárias e pontos de distribuição emergencial.
Contexto e causas
A queda na produção é atribuída a uma combinação de fatores climáticos adversos, including seca prolongada e chuvas irregulares, além de dificuldades logísticas na importação de insumos agrícolas essenciais.
Especialistas citam ainda falhas na distribuição de sementes, fertilizantes e crédito rural, bem como atrasos no transporte de insumos para áreas rurais de Guijá.
O cenário é agravado pelo aumento recente no preço de itens básicos, pressionando ainda mais o orçamento familiar já fragilizado.
Impactos na população
Aproximadamente 35 mil pessoas enfrentam risco de desnutrição e insegurança alimentar aguda, com crianças e mulheres grávidas entre os grupos mais vulneráveis.
Famílias adotam estratégias de coping, como reduzir refeições, comprar alimentos menos nutritivos ou recorrer a redes de apoio comunitário.
Pequenos agricultores que dependem da venda de excedentes para subsistência relatam queda de renda e dificuldade para quitar dívidas agrícolas.
Resposta das autoridades e da sociedade civil
O governo local, em parceria com organizações não-governamentais nacionais e internacionais, anunciou ações emergenciais para os próximos 60 dias, incluindo a distribuição de alimentos, suplementos nutricionais e sementes para a próxima estação.
Comunitários, lideranças locais e voluntários organizam pontos de distribuição, campanhas de conscientização sobre higiene alimentar e treinamentos rápidos de manejo de culturas resilientes à seca.
Organizações internacionais já sinalizam disponibilidade de apoio técnico e logístico, com foco na monitorização de desnutrição infantil e na proteção de populações mais vulneráveis.
O que vem a seguir
Implementação de um Plano Emergencial de Segurança Alimentar para Guijá, com fases de avaliação de riscos, distribuição de ajuda nutricional e recuperação de safras.
Monitoramento contínuo da situação nutricional, especialmente entre crianças e mulheres em idade fértil, para evitar piora de indicadores de saúde.
Esforços de longo prazo para fortalecer a resiliência agrícola local, incluindo adubação sustentável, manejo de água e acesso a crédito rural com garantia de safras.
